quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!




Hoje eu não quero falar de tristeza

Hoje eu quero ser criança

E vocês ainda perguntarão o motivo

Justo!

Eu quero empinar pipa

Quero escrever "erado"

Quero trocar o m pelo n

Pomta, pomte, tunba e tanpa

E eu nem sei porque

Quero correr

Ferir meu joelho, andar de nariz sujo e pegar piolho
Não que eu seja porco, mas criança que é criança não tá nem aí

E eu quero ser uma criança dessas que correm na rua

Quero brincar de colorir e pintar

Mas o que eu quero mesmo é sorrir

Porque essa vida de gente grande

É um grande fiasco

E uma bela chatisse

sábado, 3 de janeiro de 2009

Juvenil crueldade

Não, não tenho muito cuidado ao falar.
O que treinei posto está:
sinceridade e objetividade.
Isso levou anos, mas não sei de verdade
quando comecei a me tornar insuportável.
Talvez o que eu ache seja pouco louvável
ou nem valha a pena ser mencionado.
Contudo meu treino foi árduo,
sempre machuquei e magoei
apenas por querer ser um amigo de verdade.

Já disse que simplesmente não sei
quando meu caminho traçou com a crueldade?

Sei que pervesamente aproveito
já que os inabaláveis se curvam de dor
quando estremecidos pela pueril fulgor
que todo jovem corajoso tem e sempre esquece,
continuo a me animar
ao ver a face, antes ilibada,
agora se desmascarar
e num ímpeto de ódio
incoerente se revelar.

Abmorpheus.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sem Saber


Eu ainda os vejo correndo

Colhendo o último fruto da árvore

Dando o último mergulho no rio


Eu ainda os vejo andando

Pelos corredores dessa casa

Que um dia foi só deles


Eu ainda os vejo por aí

Rindo, cantando e gritando

Com suas bolinhas de gude


Eu ainda os sinto aqui

Como se fossem encarnados no chão

Como uma vela na escuridão


Mas eles já não me sentem

Nem me procuram

E nem se lembram


Mas eu fico aqui

No meu canto empoerado e desesperado

Esquecido e quieto


E sempre ficarei
Aqui no canto
Ora sorridente ora em pranto
---

marco

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Término prévio ao término.

A maior dos amores não são eternos;
nem amáveis,
nem compreensivos;
não há nada para agarrar-nos,
contudo, podemos ser sempre agressivos.

A arma do terror
foi e sempre será arrunair o que amamos,
inseguros, não sabemos a quem cobramos,
e não discernimos qual o real valor.

Poesia e prosa se entremeiam,
confundem-se e sapateiam
nos pensamentos de quem tentar ordenar,
naquele que tenta não se conformar
com o momento de rancor
que ainda está a pairar.

Enfim, após pensar em tudo que foi
e o que poderá se tornar
acalma-se, reflete e pode enfim telefonar,
para quem quer, ama ou apenas deseja flertar.

A ligação é rápida,
apenas para a presença marcar,
pedindo perdão ou sugerindo conversar.
A noite segue, sem fantasmas despertas.

Abraão.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O Sol


E ainda temos muito a aprender
A sofrer e correr
Um caminho longo a percorrer

E quando lá alguém chegar
E o topo alcançar
Para o mundo observar

E se for eu que conseguir chegar
De lá eu vou gritar
Que já aprendi a respirar

---

marco

domingo, 3 de agosto de 2008

Melancolia


Solidão que me espreita

não me devora

deixe-me ser quem anseia

e nunca chora.



Solidão,

em silêncio,

dê-me o que almejo,

esqueça-te do pão

lembra-te do antigo cortejo

no qual a sofreguidão se cingia de paixão

e a qual hoje caminha a multidão

em raros lampejos de lucidez

atacando a quem acerta a vez.



Não vá,

acompanha-me,

nunca deixes estar.



Em minha mão sempre há

quem leia "verdade"

hoje eu vos digo

está escrito saudade

de quem eu assassino a cada tórrida manhã

para alimentar-te.



Esqueça-te de meus esquecimentos

seja por vos tratar por "vós" ou "tu"

estejas certa,

respeito-te deveras

e por isso sei que sempre te terei

já que faço morrer a cada noite a verdade

e visto o manto da crueldade

para silenciar minha língua que ainda lembra

que eu disse uma vez, à madrugada, "saudade.



Abraão.

sábado, 21 de junho de 2008

Aprendizado

Nunca deixes de aprender
de preferência anote, para nunca esquecer
pois os erros cometidos só dependem de ti
que controlas o que ainda está por vir.
Redundante seria
caso a amnésia coletiva
deixasse-me esquecer
sempre há um "demônio", "espírito obsessor"
que te leva a se perder
nunca é tua falta de coragem,
alegria, ou objetividade,
sempre é alguém, além de ti
que é capaz de te enlouquecer.
Abmorpheus.